Por que as mães acham que é legal inventar nomes para seus filhos? De onde acharam que é legal misturar nomes para criar um outro que não tem significado, nem mesmo lógica. Isso é o que uma homenagem? Mas ninguém pensa na coitada da criança que vai ter que aturar aquele nome pro resto da vida. Minha família tem essa mania, tem uma parte em que um por um tem o nome começado com a letra J, minha avó foi simples nos nomes de todos os filhos, quer dizer, em quase todos, a minha mãe foi logo a que teve a misturinha do pai com a mãe e pra piorar foi traduzido para o inglês, pra dar mais sofisticação ao José e Maria, e não satisfeitos, todos os integrantes da minha família possuem nomes compostos. E a homenagem aos avós sempre estão presentes, é o segundo nome Oswaldo nos homens e Petrina no segundo nome da minha mãe. Imagine só que o meu pai também tem o nome com mistura, Hilton e Maria, e a coitada da minha irmã teve que herdar os nomes de todos os avós, nem preciso dizer que ficou um nome horrível e que ela não gosta nem um pouco, e está pensando seriamente em entrar com o pedido de troca de nome, já que ninguém, ou quase ninguém a chama pelo nome original. 
Acho que as pessoas deviam ter nomes sim, mas que aos 15 anos cada uma pudesse trocar, ou não, pelo nome escolhido por si. Tem gente que já nasce parecendo ter mais de cinqüenta anos, você fala o nome da pessoa e automaticamente já se pensa em um senhor de idade com bigodão branco e cabeça careca, e quando de repente chega o Valdecir correndo, um menininho loirinho de menos de três anos de idade, com uma chupeta na boca e um boneco de pelúcia na mão.
Outra coisa além de inventar é achar que colocar muitas letras repetidas ou letras como W, Y e K vão valorizar a criança. Pelo contrário, é mais difícil pra essas pequenas criaturas aprender a escrever e ler. Porque se o Y tem som de I, por que não coloca logo I? e por que Carla passa a ser Karlla, e daí começam os nomes Kethlin, Nathallya, Yanna, Yago, e outra coisa se eu vou colocar o nome do meu filho de Leonardo e sei que vai ser chamado de Léo, porque não registrar logo a criança pelo nome que vai ser chamado? E quando os nomes são tão mirabolantes que as pessoas sempre tem que repetir pra que alguém entenda o que estão falando, e quando o constrangimento é de “eu não to perguntando seu apelido” ou “é seu nome mesmo?”, ou “como se escreve isso?”.
Sem contar nos nomes que dão rimas do tipo Raimunda feia de cara e boa de bunda ou Tadeu já deu.
Então, minha gente, vamos ser bem claros e colocar nos nossos filhos nomes fáceis de decorar, de escrever e de pronunciar, e de preferência nada de colocar nomes parecidos em irmãos, porque você pode até achar bonito, mas aposto que não gostaria de se chamar com esses nomes inventados.
 
 
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