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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

o término deste ciclo


este texto é escrito pensando nas pessoas que se dizem minhas amigas.
não quero que leiam e fiquem com raiva de mim, mas a partir de agora, não ligarei mais pra vocês, este ano e os últimos que se passaram eu liguei, chamei, convidei pra ir na minha casa, encontros de amigos, implorei, fiz de tudo para ter vocês mais perto de mim, mas foi em vão. e percebi que muitos não são o que chamamos de verdadeiros amigos, e sim colegas, conhecidos, ou até pessoas que eu ja conheci, mas que hoje quando eu ligo, não tenho o retorno, não sei o que eu fiz pra cada um de vocês. eu sempre tentei ser uma pessoa justa, e cheia de amigos, mas isso so me fez meter os pés pelas mãos e me confundir entre amizades e coleguismos.
a vocês que nunca me ligam, ou que não atendem meus telefonemas, ou que não me mandam um e-mail sequer nem pra dar notícias nem pra perguntar se estou bem, meu muito obrigada pelo tempo em que fomos "amigos" e frequentávamos os mesmos locais e ate as nossas casas. hoje talvez eu nao sirva pra você como você também já nao deve servir pra mim.
é meio que um desabafo sim, mas eu precisava dizer isso. caso queiram, fiquem a vontade para me ligar, ou responder, caso não queiram, tá bom também, eu não esparava nada diferente disso. já que as pessoas só são amigas quando servem pra te ajudar de alguma forma.
sei que ajudei muita gente até hoje, seja como uma valvula de escape pra uns, ou como um refúgio para outros. fui sincera o tempo todo. se disse que te amava, é que realmente eu sintia isso. vivi muitos e bons momentos ao lado de cada um de vocês, mas sei que o tempo não volta atras. e como eu sempre disse: se nao quer mais falar comigo, pelo menos me avise com antecedencia pra eu nao ficar fazendo papel de idiota. aqui abaixo estão meus contatos. meu msn (todos tem), twitter, blog, orkut e facebook. não tem como dizer que não me achou. bem é isso. nao corro mais atras de amizades. feliz ano de 2011 pra você.



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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

o que você fez no ano todo?


ótimo, acabou o ano de 2010. e agora?
o que eu fiz de bom?
e de ruim?
e de certo ou errado?
vamos à balança ver o que foi feito por mim, o que eu produzi.

A virada de 2009 para 2010 foi ótima, com amigos recentemente feitos e outros acabados literalmente de conhecer, dentro de uma barraca de camping (quémpim), na maior chuva, segurando a barraca com medo dela voar. Mal sabíamos o estrago que aquele temporal estaria causando e o caos que transformou o estado do Rio de Janeiro, eu estava em Paraty, mas especificamente em Trindade, e não tinhamos TV, então no dia primeiro, uma das amigas quis ir embora e pediu um HELP para o pai que foi lá nos buscar. Então vimos o que realmente estava acontecendo, a estrada cheia de barrancos caídos, muita gente morreu, foi soterrada, nesse reveillon em Angra dos Reis.

Já no carnaval, preferi ficar em casa assistindo a todos os episódios de Lost, mas no domingo, conseguiram me tirar da escuridão do meu quarto e me levaram para Ipanema, perrengue para ir e principalmente para voltar, a falta de transporte foi terrível, já que o metrô fechou as portas por motivos óbvios de super-hiper-mega lotação. Andamos até o Leme pra dar a sorte de pegar o ônibus pra Niterói, que diga-se de passagem, era o último e estava atrasado. Chegamos em casa por volta das 2h da manhã. na terça de carnaval, que eu fui a praia e quando cheguei lá, adivinha... um guarda-sol voou em direção a minha perna e fez um estrago, desde hematoma até uma cicatriz que guardo com carinho deste período tão bom.

Em março fui demitida (graças a ter uma irmã gêmea). Fiquei 5 meses recebendo o seguro desemprego e não conseguia outro emprego, graças a minha falta de competência na frente de um computador com os programas básicos utilizados pelos profissionais da minha área de formação. E também pela falta de carteira de motorista, cursos de idiomas, inglês fluente, QI essas coisas...
Reencontrei ex namorado, me apaixonei por outro, me desapaixonei com a mesma velocidade. Decidi que eu me amo muito mais do que posso amar a qualquer outra pessoa. Passei a me dedicar a mim mesma, e virei uma pessoa quase nitidamente fria.

Em abril foi meu aniversário de 30 anos, comemorei até não aguentar mais, 6 dias consecutivos saindo, comendo e bebendo. Conheci gente legal.

Em maio me mudei, comprei uma casa em outra cidade, longe pra caramba, principalmente para quem anda a pé, já que o transporte lá é muito deficiente. Longe de tudo e de todos, mas perto da natureza, passarinhos me acordam com seus cantos nas árvores do meu quintal, pica-paus, bem-te-vis etc, nao entendo muito de espécies de pássaros, mas são bem-vindos.

Em junho festa junina na minha casa, poucas pessoas foram, cada uma deu uma desculpa mais esfarrapada que a outra, tudo bem, obrigada a quem apareceu por lá. tive mais contato com meu amigo Pedrinho que foi o único que não teve problemas em ir até Maricá pra nos levar pra sair, fazer churrasco e ir a praia mesmo que seja longe.

Julho, ainda em mês de adaptação da nova casa, é a água que não sobe por causa da bomba que é velha, é TV a cabo, telefone fixo que descobrimos não é tão fixo assim. Consegui um trabalho de vendedora de anúncios num site de anúncios, mas não consegui vender nenhum, e também não ganhei nada com isso, nem a passagem o cara pagava, era tudo por minha conta.

Agosto comecei a trabalhar numa campanha politica, viajei pra muitas cidades do interior, cidades lindas e outras terríveis, conheci bastante gente, umas boas, outras nem tanto. Fizemos um acordo no grupo e conseguimos "expulsar o nosso coordenador" já que ele era a tal da laranja podre no cesto. Das cidades visitadas as que mais gostei foram Rio das Ostras, Teresópolis, Friburgo, Cabo Frio. Os locais que não gostei e que até nos colocaram em risco foram Campo Grande, uma comunidade em Niteroi, Itaboraí, Manilha.
Neste mesmo mês, uma gata surgiu no meu quintal, toda machucada e eu fiquei com pena e resolvi cuidar, grande erro, ela não saiu mais da minha casa, além de fazer as necessidades na varanda.

Setembro comecei em outro emprego, este de carteira assinada, mas com salário baixo, numa empresa boa de se trabalhar, fui indicada por uma amiga.

Outubro viajei com um amigo para Curitiba, e descobri que ele não era tão meu amigo quanto eu acreditava que fosse.
na verdade este ano foi o ano de descobrir quem era meu amigo de verdade e deletei da minha lista uma galera que eu dedicava o maior carinho, e deixei ir junto com a água que passa pelo rio... não corro mais atrás de amigos, a amizade tem que ser recíproca.

Trabalhei nos shows do Bon Jovi, Black Eyed Peas e Jonas Brothers, todos valeram a pena.
Encontrei pessoas que conheci na internet.
Continuei fazendo amizades virtuais e mantendo as que eu ja tinha.
Passei a freqüentar mais a casa da minha mãe, praticamente todo final de semana.
Comecei a me sentir sufocada, sem espaço na minha própria casa.
Tive o estresse em seu nivel mais alto possivel dentro de mim, comecei a tomar remédio pra acalmar, um natural receitado pelo médico.
Minha chefe teve que parar de ir trabalhar de uma hora para outra por problema de coluna que teve que operar. E do nada eu tive que tomar decisões que eu não sabia como lidar no ambiente de trabalho, fazer coisas que não fui treinada para tal. Descobri que as pessoas tem ciumes de mim na empresa porque o presidente, para quem trabalho e sou secretária, não as trata da mesma forma, e me trata bem. Mas isso é simplesmente pelo fato de eu falar com ele da mesma forma que ele fala comigo, e não tenho medo dele. O medo que esses outros funcionários tem dele faz com que ele seja arrogante com cada um.É a forma que ele tem de impor respeito. Comigo ele respeita, eu o respeito, mas ao mesmo tempo ficamos zoando um ao outro e ninguém se magoa com isso...

Chegamos em dezembro, estava me preparando pra viajar no reveillon, quando eu soube que trabalharia até o dia 30 s 17h, expediente normal, e entaoã não daria pra viajar, já que de ônibus eu pego um trânsito ferrado e ao invés de 4 horas levaria em média 10 horas de viagem. Então meu chefe deu a seguinte informação: "minha filha, dia 30 eu vou liberar todo mundo ao meio-dia", ganhei o reveillon!! E pra melhorar um amigo da época da escola deve ir comigo... vai ser muito bom... passo nem que seja sozinha, mas em Niterói ou Maricá jamé.

Que o próximo ano seja cheio de boas vibrações, cheio de coisas legais pra se viver, com muita paz, saúde e felicidade. Pra mim e pra todos os meu amigos, quer dizer, conhecidos também, já que amigos são raros na minha listagem nos dias de hoje.
Que todos façam sua parte para uma vida melhor e mais justa, que cada um consiga encontrar uma felicidade em cada esquina, que conheçamos pessoas que nos acrescentem e que nos complementem e por que não que nos completem?
Que eu arrume um namorado que não seja perfeito, porque sei que não existe, mas que seja o suficientemente bom pra mim e pra ele. Que eu possa ir a todos os dias no Rock in Rio, que eu tenha férias e consiga juntar dinheiro para um cruzeiro, que eu não fique no vermelho e nem no serasa (ops, já estou) que eu consiga fazer minha segunda faculdade, desta vez de direito. Que eu tenha um aumento significante no meu salário. Que as pessoas passem a freqüentar mais a minha casa... que eu consiga fazer uma obra lá e fazer o segundo andar com 2 suites e a parte de lazer com churrasqueira lá nos fundos. Só isso. To querendo muito? Não né?
Ahhh!! que meu amigos e amores sejam cada dia mais compeltos. Amo vocês. Beijos.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

ahh o verão...


nunca postei um texto que nao fosse meu, mas hoje o farei.


Ah… O verão...
Dizem que é a estação da perdição…
É por que é no verão que vc faz tudo aquilo que vai contar para os seus netos, bisnetos e tataranetos um dia!!!
Dormir de cueca, dormir de calcinha é só no verão!!!
Viajar para montanha, para cachoeira, para o balneário é só no verão!!!
É no verão que o amor floresce…O amor a preguiça… Amor ao sol… Ou até mesmo o amor a uma sirigaita ou a uma dúzia de sirigaitas, Porque não??? Seja otimista, rapaz!!!!
Vai contar o que para o neto???? Que ficou jogando… o dominó!! Não!! Vai contar que pulou da pedra… Comeu churrasco… Deu cambalhotas… Essas coisas, que a gente só faz no verão Ah, o verão…

nao sei de quem é este texto, mas copiei do facebook de alini schultz... ja tinha lido isso em algum lugar.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

amizade é a melhor coisa do mundo.


é estranho como em épocas somos tão cheios de amigos ao redor, pessoas que nos ligam o tempo todo, chamam pra sair, frequentam nossa casa e vice-versa, e temos certeza que aquela é uma amizade que vai "durar pra sempre", e de repente, uma atitude pequena, praticamente sem importancia, nos faz perceber quem eram os verdadeiros amigos. já que por motivo algum uns param de telefonar, de convidar pras festinhas ou de se convidarem pra festinhas em sua casa.
quando te ve fala: caramba, quanto tempo! mas nao percebe que ele mesma se afastou de você por opção.

quando podemos saber quem sao os verdadeiros amigos? é facil.

faça uma festa na sua casa e nao compre bebida.
convide-os para dormir na sua casa, e diga que nao tem ventilador.
se mude para longe.
passe mais de 2 dias alojada na casa de um deles.
fique sem entrar na internet e veja quem vai te ligar pra saber se vc está bem.
quando vc liga pra um amigo e diz que precisa conversar, se esse amigo diz que também precisa conversar, mas nunca tem tempo, ou mente tão mal que vc na mesma hora identifica que ele pediu pra mae dizer que não está. desista. este nao é seu amigo. mas se ele fala que está ocupado mas mesmo assim vai dar um jeito de conversar com vc, esse você pode confiar. pois é. amigos nao sao só pra festas, noitadas, bebedeiras, zoação. amigos sao para todos o momentos, e claro que os momentos bons sao melhores de se compartilhar, mas os ruins, as TPM e os amores frustrados tambem fazem parte do pacote. amigo é aquele que mesmo com muitos anos sem contato fisico, quando vc encontra é como se aqueles 10, 15 anos nao tivessem atrapalhado, nao fosse um intervalo tao grande.

amigo é o cara que quando você liga ele fala: que bom que você ligou! ou, tava pensando em você, ia te ligar agora mesmo!

descobri que tenho rarissimos amigos, dá pra contar em uma das maos do nosso presidente Lula.

bjs em vcs meus amigos de verdade. amo cada um de vocês.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

a desvalorização da mulher


Quem disse que eu gosto de ser mulher ou te ter que fazer o que "todas" as mulheres acham que só porque elas querem, todas as outras tem de querer?

décadas atras as mulheres eram felizes sim, e pode perguntar pra minha avó, e pra sua se ela ainda estiver viva, a minha está com seus 77 anos.
nessa mesma época, as mulheres viviam para seus maridos, para educação dos filhos, para ensinar-lhes o que era o afeto, carinho, atençao, respeito e educação e amor.
os pais serviam para ensinar aos filhos homens a trabalhar e a galantear as damas, que passavam pelas ruas, com suas roupas que cobriam quase o corpo todo, deixando pouco "pedaço de pele" a mostra. isso fazia com que eles se interessassem e tivessem cada vez mais curiosidade sobre as mulheres. o toque de mãos era uma coisa muito séria, era sinal de namoro, ou seja, pra casar. o beijo entao, quase que só depois do casamento. sexo nem se falava no assunto em publico. talvez escondido entre amigas, que ouviam falar alguma coisa de prostituição pelas ruas. queriam apenas saber o que era de verdade, pra matar a curiosidade.
em determinada epoca as mulheres se revoltaram e quiseram se igualar aos homens, trabalhando e tendo sua "independência". mas esqueceram que nao teria uma outra especie pra ficar em seu lugar, para fazer o seu "serviço", a sua "função" na sociedade. e mesmo assim continuaram tendo seus filhos e as empregadas que cuidassem, dessem banho, comida, ensinassem a lição de casa, brincassem no tempo livre, levassem para passear. agora me diz uma coisa: tem graça ter filhos e nao cuidar você mesma da criança? qual a realização de ver um filho sendo criado pela babá, ou pela doméstica?
e eu te pergunto mais uma coisa: de quem é a culpa do mundo estar assim hoje? de tanta violência, de tanta falta de paciência, de falta de respeito e de educação?
simplesmente porque as mulheres deram a pessoas que mal tiveram em casa a sua educação, ou atençao dada pela propria mae, porque elas também tinham que trabalhar pra levar pra casa o que o marido dela teria feito caso as "mulheres não tivessem queimado os sutiãs", e ainda aqueles filhos que ficavam sozinhos em casa enquanto a ame ia trabalhar, se nao tivessem ainda cuidando dos irmãos menores, e com isso os homens começaram a perceber que as mulheres querem se igualar tanto aos homens que hoje além deles fazerem filhos e não assumir, porque sabe que a mulher realmente nao deve ter feito sexo apenas com ele naquele mes, ou ate naquele dia, e ele nao quer ter nenhum tipo de vinculo com ninguem porque terá mais conta pra pagar, e isso é chato quando se tem menos de 40 anos para os homens, já que eles gostam mesmo é da farra, da cerveja, do barzinho e do futebol com os amigos, e uma vez que tem sempre mulher se esfregando ou "dando mole" em qualquer esquina, nao se precisa mais fazer esforço pra ter o que quer.
a banalização do corpo feminino chega ao extremo quando olhamos para os lados e vemos as roupas coladas, marcando cada curva, quando nao sao quase microscópicas, e entao me vem a cebeça a vulgaridade das dançarinas de axé, de bailes funk ou de pagodes ou de lugares onde as mulheres vão para se exibirem para os homens a procura de uma noite de sexo sem nem conhecer de verdade o parceiro.sem mencionar as letras, se é que podemos chamar de letras de musicas esses funks cantarolados ou sei la como dizer, gemidos, sussurados e gritados pelas mulheres que acham que é muito bom e bonito mostrar em publico como elas se posicionam na hora do sexo, se vangloriam por ser chamadas de cachorras, ou de piranhas, pra nao falar termos muito chulos, e rebolam e esfregam as suas bundas e seus peitos nas caras de qualquer pessoa, sem ganhar nada em troca, ou nada que seja de validade cultural, ou intelectual.
hoje vemos num relacionamento: um cara que se tiver carro vai parar na porta da casa dela, buzina, nem sai do carro, nao abre a porta, cavalheirismo? nem sabe o que é isso. leva a mulher direto pra um motel, "come" ela, leva ela de volta e vai embora pra casa ou pra algum lugar onde estejam os amigos.
no transpoertes coletivos, nem se levantam pra dar o lugar as mulheres, pelo contrário, fecham os olhos, alguns fingem que estão dormindo, e outros chegam a roncar.
conclusão: as mulheres erraram feio ao sair de casa para trabalhar, e hoje eu que "pago o pato" por isso tudo.
filhos que nao sao felizes, vivem na marginalidade e eu com medo de andar nas ruas. esse "eu" que eu coloquei siginifica uma grande parte da sociedade, nao so de mulheres. mas que a violencia e a criminalidade e a banalizaçao da vida tem tudo a ver com a banalização das mulheres. ah!! isso tem...
sem contar que agora nao se pode mais controlar isso tudo. ja nao se tem mais limites. cada um faz o que quer e nao se importa com o outro, mesmo que esse outro seja seu irmão, seu pai, mãe ou parente.
esqueci de citar que as mulheres estão tao preocupadas a ficar nos lugares dos homens que eles estao preferindo cada vez mais outros homens, e eu entendo muito bem quando vem um amigo e me diz que é gay... porque se o caso é um buraco, isso eles também tem. e ainda tem um brinquedo a mais. sem contar que nao correm o risco de engravidar.

a sensualidade é muito diferente, na verdade é o oposto da vulgaridade!

ainda vou escrever mais sobre esse tema...
aguardem meu proximo desabafo...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

estressada

medidas que eu mudaria no Brasil:

- taxa de natalidade. no máximo dois filhos por familia.senão, pagariam uma multa de um salario minimo por filho a mais.
- leis atualizadas:
penalidade para estupradores: cortem os pintos e as maos;
para assaltantes, ladrões, assassinos: colocar numa jaula em praça publica, nus, no sol ou na chuva, sem comer e sem beber.
vandalos: consertar tudo o que se foi estragado com uma roupa florescente com o dizer: sou vândalo;
agressores em geral, de criança, idoso, deficientes etc: uma surra de pau.
- drogas liberadas
- mulheres em casa
- prisao deverá ser concluida pelo tempo previsto, sem condições de saída por bom comportamento, ou por que é natal, pascoa etc, nenhuma regalia.
- os presos deveriam trabalhar em fábricas e gerar renda para o Estado, e não receber salário em troca. cada um deveria plantar o que fosse consumir de alimentos.
- mendicância proibida, ou pagar multa.
- proibido jogar lixo no chão, ou multa.
- proibido cuspir no chão
- proibido xingar
- proibido animais nas praias
- proibido fumar em locais publicos, abertos ou fechados.
- proibido barulho de qualquer espécie após as 23h.
- os politicos de cargo, deveriam receber um salário m´pinimo, e seus parentes só deveriam usufruir e órgãos públicos como hospitais, escolas, transportes. nada de plano de saúde para eles. nada de salários altissimos, e nada de 14º salario. além de suas contas bancárias e de seus parentes serem liberadas ao publico como forma de controle, sendo entao expostas para quem quisesse ver.
- caso as propostas nao sejam cumpridas conforme na campanha de eleição, o candidato deverá pedir desculpas e mostrar o que deu errado, além de pagar uma multa com depositos bancários para cada eleitor.
- transporte publico so deverá sair do ponto com todos os usuarios sentados, proibido viajar em pé. o esquema de bilhete unico é suficiente para quem precisa pegar mais de uma condução, porém baixaria o valor da tarifa. nada de pedágios, ou que o valor fosse fixado em R$1,00 por carro.
- todos os usuários de transporte publico deveriam pagar a passagem. menos os estudantes, de qualquer espécie, seja particular, publico, faculdade ou curso que teriam o transporte da instituição a disposição para pegar e levar.
- todas as escolas deverão ter aulas de culinária, política, sociologia, musica, teatro, além de ser horário integral.

sábado, 21 de agosto de 2010

a doçura e as delícias de ser criança


Um dia destes eu estava trabalhando, dando um duro, pra conseguir pagar as minhas contas, e não pense que são poucas, e temos que pagar, luz, alimentação, roupas, telefone, transporte, internet, tv a cabo, cartão de crédito, limite especial...
e, no meio da rua, entregando panfletos de político, me deparei, em Cabo Frio, com dois meninos de aproximadamente 8 ou 9 anos que me chamaram a atenção, estavam chupando picolé, e aquele picolé todo derretido escorrido pelos queixos, risos mesmo pra mim, uma mera desconhecida, sem preocupação se ia manchar as roupas, mesmo demonstrando que aquela blusa do time preferido(no caso Fluminense e seleção brasileira) era a que ele talvez não tirasse durante pelo menos 3 dias da semana, jogando futebol um com o outro e tão felizes, tão despreocupados com a hora de nada, talvez estivessem de férias e nem hora pra fazer o dever de casa tinham, e olha que nessa idade só temos esse pequeno sacrifício: o de ter que fazer o dever de casa todo, comer a comida toda, ter que comer verduras, tomar leite, frutas, vitaminas, e não pode deixar de comer o feijão. caramba... me lembro que quando eu tinha meus 9 anos, eu ficava horas na frente do prato com a comida que de tanta farinha que eu colocava no feijao ficava seca e parecia uma argamassa, eu só gostava de comer a salada de tomates. demorava mas comia a comida, e depois ainda lambia o fundo do prato.
aposto que eu reclamava de alguma coisa do tipo: "eu não pedi pra nascer", "eu não quero fazer o dever", "eu não vou usar isso nunca", "não gosto de couve", "não gosto de bife de fígado"... e hoje vendo aqueles garotos pensei que vale a pena correr atrás da felicidade, que nada mais é voltar a ser criança denovo.
a felicidade na verdade não está no futuro, está no passado. por isso é tão difícil ser completamente feliz, porque não temos como voltar no tempo. por isso temos saudade das coisas, das pessoas, de momentos. então aprendi a dar cada vez mais valor ao agora do que ao daqui a pouco, se eu quero ser feliz que seja agora, se quero sorrir que seja agora. bem, acho que é isso.
durante a digitação deste texto eu lembrei de momentos da minha infância quando minha avó ainda era viva... uahuahua todos os dias eu chegava do colégio, ia correndo pra casa dela (que era em cima da minha, um sobrado) e escondida tomava vinagre direto no gargalo da garrafa na cozinha... e ela sempre falava: menininha, não é pra beber vinagre. mas no fundo, no fundo, ela nunca brigou comigo, era só pra ver se eu ia obedecer, mas nunca obedecia, e ela na verdade não se chateava com isso, na verdade achava graça. todo dia eu comia lá mesmo, na casa da minha avó, um tomate com sal. iiii muitas memórias agora. depois escrevo estas...



na foto os meninos: cesar e juninho, não se importaram de tirar essa foto pra mim e ainda fizeram pose.

aqui vai uma parte de um e-mail que recebi hoje do amigo savio

...

não se preocupe tanto com todas as coisas, aproveite cada momento, faça tudo o que você deseja fazer...

Amplie sua vista, amplie sua mente, não se preocupe tanto com coisas que te aborrecem, aproveite sua vida com amor, segurança e paz. Esteja sempre feliz com cada dia que nasce...
Aproveite o por do Sol...
Sempre olhe para o lado positivo das coisas... tenha a certeza, que sempre existe o lado positivo, mesmo que tudo pareça tão ruim.

"SOU um só, mas ainda assim SOU um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."

quinta-feira, 15 de julho de 2010

mais uma no ônibus


Hoje vindo pra casa entrei num ônibus no terminal, quando por pouco nao sentei separada da minha irmã. Eu queria sentar em um banco que desse pra ver a estrada. Sentei na janela atrás do motorista e minha irmã ao meu lado no corredor. Uma mulher sentada na outra janela da frente do ônibus, quando em pouco tempo, uma outra paga a passagem pra um cara e sai, todo mundo olhou estranho pro cara, que mais estranho era impossível. De bermuda estampada, casaco, barba, e tatuagens, muitas tatuagens, parecia ter sido cobaia dele mesmo pras tattoos, sentou-se ao lado daquela outra mulher, que já ficou atenta pra qualquer movimento estranho do cara. Ele não parava de falar, foram mais de 50 minutos sem calar a boca. O mais incrível que eu achei foi que ele tinha aquelas tatuagens todas, muitas delas inclusive no rosto, de um lado o chaves, personagem infantil, e do outro um duende fumando um baseado ao lado da estrada BR e na testa a palavra paz, enorme. me ofereceu um porta retrato em troca de 2 reais pra comprar um lanche, o motorista lhe ofereceu uma bala de café que lutou pra conseguir abrir a embalagem de plástico com os dentes que lhe faltavam. E tinha orgulho disso, disse: graças a Deus eu to perdendo os dentes. Coisa estranha. Ofereci um chocolate, claro, ele aceitou, outra dificuldade pra abrir a embalagem. Tirou a bala que já estava dentro da boca e apoiou na bermuda, pediu licença pro motorista pra comer o chocolate antes e disse que depois voltaria a chupar a bala. Foi engraçado. A mulher do lado dele sem nem conseguir olhar pra ele, e ele me perguntando de que eu tanto ria. Não podia dizer que era dele. Perguntei se ele era do sul, porque tinha sotaque sulista, mas não, ele me disse que era do Catumbi, dos prédios ali. Fingi que sabia onde era. Entendi que ele aos 13 anos saiu de casa e foi conhecer o Brasil. Passou muitos anos no sul e agora voltou pra visitar a mãe, em Maricá, mas deixava claro que odiava a cidade. Não parava de falar: O que eu tô indo fazer lá?
Entrou uma outra mulher com um violão na case, e ele não deixava de falar e disse: po, que viola legal, juro que eu não queria que essa moça estivesse do meu lado pra você sentar do meu lado e a gente fazer um som até lá. E cantou uma frase de uma música que só ele conhece.
O bom humor, a felicidade, o sorriso não saiam do seu semblante. E a gente reclamando de tudo com tanta coisa de sobra. Visivelmente ele só tinha aquela mochila que carregava com um restinho de água numa garrafinha, um alicate de artesanato e muita história pra contar. Fez com o último pedaço de arame que tinha em seu bolso, em agradecimento ao meu chocolate, o tal porta retrato com uma flor, disse que era pra eu colocar uma foto minha com meu namorado, que eu não poderia entender como uma cantada até porque ele não queria nada comigo, respeito ele tem, e deixou óbvio quando uma mulher, mulata com corpão, bunda lá no alto, roupa justa delineando o corpo num vestidinho vermelho, desceu, ele nem olhou pra bunda dela, nem falou nenhuma gracinha, só lhe desejou paz e fez ela sorrir, quando ela agradeceu ao motorista por ter parado pra ela descer fora do ponto, e ele disse: só nao acostuma! E todo mundo riu. E pra outra ele falou: motorista acende a luz pra eu ver a cara, e o motorista não acendeu e ele disse: Ihh é homem, e tem maior barrigão uhauauhaha todo mundo riu de novo. e na verdade não era.
Pedi pra tirar uma foto, que é essa que está estampando esse texto meu. Eu não poderia deixar de colocar a foto certa aqui. Assim que eu terminei de bater a foto, mostrei a ele e ele disse: Nossa como eu sou bonito, olha motorista como eu sou bonitão. E riu. Chegou meu ponto tive que descer e lhe desejei paz da mesma forma que ele deseja pros outros, sem pedir nada em troca.
Este cara ao qual eu vou denominar de Ventania, é o exemplo perfeito daquela frase: se nada der certo viro hippie. Ele virou um, mas será que deu errado mesmo? o cara viaja o Brasil pedindo carona, conhecendo pessoas, não gasta quase nada, e vive fazendo seus artesanatos de arame por 2 reais, e eu querendo ganhar na mega sena... cada um com seus sonhos, sejam possíveis ou não. Tem gente que se contenta e é feliz com pouco.

domingo, 25 de abril de 2010

manual do cafajeste


como pode em tao pouco tempo a gente se decepcionar tanto com uma única pessoa? e nao digo de expectativas frustradas nao, mas falo de profunda tristeza por sonhar e saber que nunca as coisas serão como nos sonhos, e que sonhos na maioria das vezes servem pra nos lembrar: "os sonhos nao existem, ou pelo menos nao sao concretos". entao as vezes os sonhos parecem que sao bons e na verdade depois que parecem estar acontecendo viram amargura, ou sei lá, uma coisa ruim... estranho isso. pior ainda é quando somos "frutos dos sonhos alheios", ou essa seria apenas mais uma cantadinha barata pra te deixar um pouco mais sensivel e mais envolvida numa mentira que se resume em "quero te levar pra cama e sumir da sua vida no mesmo instante, ou assim que acender o cigarro". por que entao fazer uma história, ou tentar fingir ser,ou sentir, ou querer o que nao está acontecendo? entao seja sincero com os outros e nao finja ser a pessoa que só fala a verdade, porque a mentira está estampada na sua face. onde todos podem ver.

segundo um tal de "manual do cafajeste", ao qual eu acabo de conhecer e ter esse conhecimento atraves de um homem (um amigo)que utilizou por um bom tempo da sua vida, se é que ainda nao o utiliza, diz o seguinte: vou escrever o que devemos fazer ao lado de cada parte.

"quanto mais os homens sentem que estao com o poder, ai que eles pisam mesmo.

uma mulher nunca deve demosntrar que está com vontade de ver o cara (o que pra mim é ridículo ter que fingir os sentimentos só pra fazer o joguinho da conquista)

existe um tal prazo de 15 dias que eles fazem de propósito sem encontrar a mulher, isso é pra ela ficar desesperada. e se ela liga ou propoe o encontro, aí pronto eles se sentem como se pudessem mover o mundo.
pra nós mulheres, uma mulher gorda ou acima do peso, pra eles é gostosa, e as que achamos com corpo bonito ou mais nos padroes de beleza, pra eles sao magricelas e feias. (discordo, ate porque eu acho as curvilíneas mais atraentes e mais bonitas, além de parecerem mais saudáveis).

nunca uma mulher deve falar o que pensa, se acha que está sendo ignorada, deixa pra lá. nao pergunte, mesmo assim. nunca o convide para sair, espere pra sempre. ele nao pode saber que vc tem vontade de estar com ele.

se por acaso ele te ligar e você estiver perto de onde ele está. minta. nunca diga que está disponivel, e se ele te chamar pra ir pra casa dele. não vá. ele que tem que ir até você.
nunca espere um telefonema, ou uma mensagem, respostas de um "oi" pelo msn, nem pensar, nao espere, isso é ser submissa. e se vc fizer isso, ele te coloca na estante e ja viu que pode fazer com você o que ele quiser, já que você vai obedecer como uma patinha.
no inicio ele vai te mandar mensagens lindas e romanticas pelo celular, ja faz parte do manual, por que é um metodo barato, custa cerca de R$0,39 e dá pra colocar ate 160caracteres.

entao vamos aprender as lições do manual do cafajeste. quero dizer so 4 das 150, ja que nao tive acesso a todas.

lição 1: regue sua plantinha de vez enquando ou nao terá frutos para comer.

lição 2: Não regue com frequencia pois, ou a planta morre afogada ou cresce demais e ninguém quer uma planta gigante no meio do quintal aparecendo pra todo mundo ver.

Lição 3: quando crescer mais do que deve, pode com cuidado para não matar.. mas pode.

lição 4: se notar qua a plantinha vai morrer.. coloque bastante adubo.. quando ela achar que vai crescer demais... pode de novo."

nem todo cafajeste é gatão. e quanto menos nos padrões de beleza ele estiver, mais ele vai utilizar estas artimanhas.

ou seja, todo cafajeste sabe disso tudo, só as mulheres que continuam caindo nesse joguinho, simplesmente porque ainda nao aprenderam a jogar, ou porque nao deram um manual da mulher filha da puta pra gente.

é amigas, estamos ferradas,e não é a toa que as mulheres estao virando lésbicas a cada dia que passa, esse jogo é muito dificil, e jogar do mesmo lado fica mais fácil de jogar, ja que o manual é o mesmo.

domingo, 18 de abril de 2010

sei lá

sabe, quando a gente perde o fôlego quando vê uma pessoa, ou quando as pernas tremem, ou quando o coração acelera, ou dá aquele friozinho na barriga, pois é... tenho me sentido assim ultimamente, e me sinto frágil por isso, e sem controle dos meus próprios sentimentos. isso é na verdade um saco, já que pareço uma adolescentezinha de 13 anos quando vê aquele garoto que anda numa turminha legal, ou que te esnoba... só que nada muda, a gente pensa que com o tempo aprendemos a lidar com tudo, e isso não é verdade. os sentimentos nunca podemos controlar, e principalmente o medo. e é isso. acho que estou com medo.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

início e fim


O que fazer quando tudo parece que está no fim?
No meio de um turbilhão de coisas acontecendo, aparecem do nada seus amigos de muitos anos, e aqueles aos quais nem mais contato se tinha, mas que nunca foram esquecidos, por motivos diversos, como algumas fotografias, musicas que fazem parte de algum momento, amigos que relembram os fatos acontecidos, sonhos, até os sites de relacionamento fazem a gente lembrar, mesmo que não falemos, cartas e bilhetinhos da época da escola guardados numa caixa de sapatos empoeirada, um livro, uma história, um perfume.
Sua vida tem varias etapas, segundo a numerologia, a cada aniversário que fazemos, entramos num ciclo, num período, e dependendo no número acontecem coisas boas ou ruins, as vezes é época boa pra abrir negócio, as vezes fazer amizade, as vezes realizar sonhos, viajar, mudar de casa, casar, ter filhos etc.
Nunca um ciclo deve ficar pela metade.
Em determinada época tudo dá certo: trabalho não falta, amigos ligam frequentemente, saídas para se divertir, namorados ou afins aparecem aos montes, viagens, relacionamentos ótimos com todos a sua volta, seja familiar ou não, e a saúde perfeita. E de uma hora pra outra tudo vira de cabeça pra baixo: o emprego já não serve, ou está chato, ou o salário não é suficiente pra pagar suas contas básicas, os namorados somem, ou simplesmente não ligam nem dão noticia. Os amigos já não ligam com tanta freqüência ate que caímos no esquecimento, ou naquela parte do cérebro onde só ficam as lembranças, isso se tiver uma musica, ou uma foto ou alguem pra lembrar; todo mundo passa a ser chato ou irritante ou ate mesmo irritável, sua família fica cheia de problemas, de picuinhas, a saúde já não é mais a mesma, é depressão, estresse, dores, queda de cabelo tudo enfim. Portanto, tiremos mais fotos, de cada momento, de cada pessoa que faz parte de cada estágio da sua vida, não sabemos quando ou se vamos encontrar essas pessoas outra vez.
Sorrir é sempre o melhor remédio, vamos viver cada momento com intensidade. Nunca sabemos o dia de amanhã.
Apaixone-se a cada minuto. Seja por um homem, por uma mulher, por uma flor, por um bicho, por um momento.
Não tenha vergonha de ser você mesmo, mesmo que isso não agrade a todos.
Agradeça quando alguém lhe fizer favores.
Sorria quando uma criança te olhar.
Abrace quando tiver vontade, ou ate mesmo quando encontrar um velho amigo.
Fale tudo o que pensa, isso é o que levamos pra sempre, é nossa sabedoria, nossa inteligência que podemos passar para outros sem culpa.
Explore os sentidos, o olfato, o tato, o paladar, a visão. Nada melhor do que ver um lindo pôr-do-sol, o cheirinho de comida fresca ou de mato molhado, o sabor de morango com chocolate, o vento batendo na sua pele e trazendo junto o arrepio, ou até mesmo um beijo.
Tente sempre ser uma pessoa justa.
Tente não fazer mal a ninguém, se não puder, ou não tiver como ajudar, então não atrapalhe.
Se emocione.
Diga ao seu melhor amigo como seria ruim se ele não estivesse do seu lado quando você precisa.
Ocupe-se mais com a sua vida e deixe que cada um tome conta da sua própria, a nossa vida já é cheia de caminhos pra prestarmos atenção em qual seguir, pra quê dizer o que os outros devem ou não fazer? Faça a sua parte.
Faça o bem pra você mesmo. Sem magoar os outros.
Não ache que por ser mais velho você sabe mais que as crianças, ou que seu irmão que tem 2 anos menos. Saber mais sobre a história do Brasil, ou do mundo, ou saber mais de política e economia, não te faz mais inteligente que uma criança com 12 anos que teve que estudar por conta própria, trabalhar pra sustentar uma irmãzinha que a mãe não quer nem saber, ou que aquele senhorzinho sentado na praça jogando xadrez. Não ache que seu sofrimento é maior que o dos outros, apesar de fazer sentido, o seu sofrimento pode sim ser o pior que dos outros, mas pra você.
Não reclame o tempo todo. Não fale só coisas ruins que te aconteceram, isso só faz espantar as pessoas por perto.
Admire atitudes boas, imite-as.
Seja simpático.
E nunca esqueça de dizer o que realmente sente pelas pessoas, se as ama, diga, se não gosta, diga, ou se achar que isso vai ser ruim pra outra pessoa ouvir, pelo menos não finja gostar.
Lembre-se quando terminamos um ciclo iniciamos outro, e devemos estar prontos pra tudo. Seja para um novo inicio ou ate mesmo para um novo fim.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Saco plástico


Meu pai sempre me ensinou que a mulher deve estar sempre cheirosa, então higiene pra mim é fundamental, e não admito que ninguém esteja fedorento, ou com mau hálito, ou qualquer coisa suja perto de mim. Tenho horror de molhar meus pés, molho no banho, claro, mas fico desesperada quando chove, só em pensar que meus pés podem molhar na água da chuva, ou seja, na lama que se forma nos buracos das calçadas e das ruas, fico com os dedos encolhidos e agoniada. Descobri a fórmula secreta pra que isso não aconteça mais. Quando chove, vou pra rua de botas, mas dentro delas protejo meus lindos pezinhos com meias e uma sacola plástica, é isso mesmo, sabe as sacolas de supermercado? Pois é, agora o que me deixa preocupada é que criaram uma lei que daqui há três anos, as empresas terão que substituir os sacos plásticos por sacolas de papel, agora me digam: como vou proteger meus pés? Uma vez, eu estava trabalhando na produção de um programa de televisão, na cidade de São Gonçalo, era na verdade um programa mostrando tudo que a prefeitura devia ter feito e não fez, como mostrar ruas sem calçadas, sem asfalto, falta da coleta de lixo, esgoto a céu aberto etc, pois é, meu primeiro dia de externas, foi um dia de chuva, mas eu, leiga, não conhecia a cidade, só sabia que era tudo muito feio e descuidado, eu tinha preconceito com o local, depois eu conto o motivo que deixei esse preconceito de lado, voltando, fui parar num bairro onde o asfalto já tinha chegado, mas só na rua principal, e nossa matéria era justamente no local enlameado, era num lixão a céu aberto, cheio de esgoto, não existia forma de passar sem pisar naquilo, água podre mesmo, lixo, urubus ao redor, foi horrível, e adivinha o que eu estava calçando? As botas? Nãaao. Eram tênis brancos de tecido, nem preciso dizer que logo no inicio da matéria eu queria ir embora correndo, né. Mas tive que ficar naquele depósito de esgoto sanitário até o fim da matéria, que na verdade era uma reivindicação dos moradores de que aquele local do lixão era o campo de futebol deles, e que não queriam que a prefeitura liberasse para uma empresa de construção fazer um condomínio. Eles nem estavam reclamando da sujeira, nem da falta de saneamento... Desesperador. Cheguei em casa e com muito nojo de mim, coloquei meu tênis direto em um balde com água sanitária e fui tomar uma banho de álcool e um banho de verdade depois, mas confesso, que mesmo assim, ainda fiquei me sentindo sujinha.
Voltando ao assunto do preconceito com a cidade, espero que um dia ela fique linda e bem organizada, eu vejo São Gonçalo como um buraco mal feito, era uma cidade de fábricas, e as pessoas começaram a construir suas casas de formas desorganizadas, sem as ruas bem definidas, cada uma num espaço qualquer, e até hoje continuaram, fizeram as ruas sem tirar nada do caminho, não tiraram os “imóveis” que estavam em local inapropriado, atrapalhando verdadeiramente o caminho, o trânsito. E assim ficou. Eu acho que não suportava ir pra lá porque quando eu era criança, meu avô morava lá, e eu era obrigada a ir pra casa dele, mas eu não podia fazer nada, não tinha lugar pra brincar, não tinha ninguém pra falar, não podia ouvir as “conversas de adulto” que aconteciam dentro da casa, então eu era obrigada a ficar a tarde toda na calçada ou numa escada que tinha no quintal, esperando que minha mãe resolvesse ir embora dali. Eu acredito que seja esse mesmo o motivo de eu não gostar muito de lá. Até que um dia eu passei a freqüentar alguns bairros por lá. Um amigo, no fim do ano na faculdade, ia viajar e passar alguns meses fora, na Austrália, até que eu fui pra despedida dele, bebi bastante, e isso me impossibilitou de ir sozinha pra minha casa. Pedi pra uma amiga que morava perto do bar, pra dormir na casa dela, fui negada solenemente. Depois pedi pra outra, que não negou, mas também ficou fácil decifrar que ela não queria muito me emprestar um cantinho na casa dela, que eu nem sabia onde era, era em são Gonçalo, e uma ultima chance, foi pedir pra um amigo, que na verdade, eu nem conhecia muito, e ele ofereceu sem nenhum medo, disse que eu poderia ir pra casa dele sem problema algum. Foi quando eu perguntei onde ele morava e veio um sonoro SÃO GONÇALO, fiquei pensando, mas eu não vou nesse lugar de forma alguma, mas também não estou em condições de ir pra minha casa sozinha, acabei aceitando o cantinho emprestado, e foi assim que meu preconceito acabou, passei a ser freqüentadora da casa de vários amigos por lá, coisa que eu não fazia nem se eu gostasse muito de alguém que me chamasse pra seu aniversario lá. E pra completar trabalhei nesse programa de televisão onde eu era obrigada a ir pro escritório que era no centro da cidade e durante as externas ir pros bairros mais decadentes.

nomes e invenções

Por que as mães acham que é legal inventar nomes para seus filhos? De onde acharam que é legal misturar nomes para criar um outro que não tem significado, nem mesmo lógica. Isso é o que uma homenagem? Mas ninguém pensa na coitada da criança que vai ter que aturar aquele nome pro resto da vida. Minha família tem essa mania, tem uma parte em que um por um tem o nome começado com a letra J, minha avó foi simples nos nomes de todos os filhos, quer dizer, em quase todos, a minha mãe foi logo a que teve a misturinha do pai com a mãe e pra piorar foi traduzido para o inglês, pra dar mais sofisticação ao José e Maria, e não satisfeitos, todos os integrantes da minha família possuem nomes compostos. E a homenagem aos avós sempre estão presentes, é o segundo nome Oswaldo nos homens e Petrina no segundo nome da minha mãe. Imagine só que o meu pai também tem o nome com mistura, Hilton e Maria, e a coitada da minha irmã teve que herdar os nomes de todos os avós, nem preciso dizer que ficou um nome horrível e que ela não gosta nem um pouco, e está pensando seriamente em entrar com o pedido de troca de nome, já que ninguém, ou quase ninguém a chama pelo nome original.
Acho que as pessoas deviam ter nomes sim, mas que aos 15 anos cada uma pudesse trocar, ou não, pelo nome escolhido por si. Tem gente que já nasce parecendo ter mais de cinqüenta anos, você fala o nome da pessoa e automaticamente já se pensa em um senhor de idade com bigodão branco e cabeça careca, e quando de repente chega o Valdecir correndo, um menininho loirinho de menos de três anos de idade, com uma chupeta na boca e um boneco de pelúcia na mão.
Outra coisa além de inventar é achar que colocar muitas letras repetidas ou letras como W, Y e K vão valorizar a criança. Pelo contrário, é mais difícil pra essas pequenas criaturas aprender a escrever e ler. Porque se o Y tem som de I, por que não coloca logo I? e por que Carla passa a ser Karlla, e daí começam os nomes Kethlin, Nathallya, Yanna, Yago, e outra coisa se eu vou colocar o nome do meu filho de Leonardo e sei que vai ser chamado de Léo, porque não registrar logo a criança pelo nome que vai ser chamado? E quando os nomes são tão mirabolantes que as pessoas sempre tem que repetir pra que alguém entenda o que estão falando, e quando o constrangimento é de “eu não to perguntando seu apelido” ou “é seu nome mesmo?”, ou “como se escreve isso?”.
Sem contar nos nomes que dão rimas do tipo Raimunda feia de cara e boa de bunda ou Tadeu já deu.
Então, minha gente, vamos ser bem claros e colocar nos nossos filhos nomes fáceis de decorar, de escrever e de pronunciar, e de preferência nada de colocar nomes parecidos em irmãos, porque você pode até achar bonito, mas aposto que não gostaria de se chamar com esses nomes inventados.

Criança frustrada = adulto deprimido

Quando criança, meus amiguinhos sempre tinham tudo da moda, era Castelo de Greyskull do He-man, era casa da Barbie, era roupa da loja Bicho comeu, e eu sempre tive que me contentar com as roupas mais baratas da Mesbla, ou da C&A, que era mais em conta, hoje nem é mais, boneca, era a imitação da Barbie, todas as amigas tinham as roupinhas descoladas da tal boneca, as minhas eram de lã, produzidas de crochê pela minha mãe. Lembro-me que uma vez pedi pro meu pai um tênis que estava na moda, era um bicolor da Redley, queria um amarelo com cinza, e adivinha o que eu ganhei? Um tal de Redponey preto com cinza. Pedi uma bicicleta amarela, ganhei de outra marca e rosa, pedi um Nauru, um sapato diferente, mas que todo mundo tinha, ganhei um Olympikus branco, pedi um Nike air, ganhei outro Olympikus, pedi uma mochila da Companny e ganhei da k&k, pedi uma sandália Kenner e ganhei Renner, quando a loja nem existia, cheguei a ponto de perder minha personalidade por uns tempos.
Queria ter tudo como as outras pessoas que viviam ao meu redor, até que, - o que era material eu não podia ter, mais por causa do meu pai querendo me dizer que tênis é tudo igual, ou que boneca serve qualquer uma desde que você tenha uma, a minha boneca era uma negrinha de beiço virado como se estivesse chorando, e tinha olhos verdes, mas eu até que gostava dela – eu comecei a querer ter até a letra das outras pessoas, porque sabia que a minha não era tão bonita, então fiquei muito tempo tentando fazer a letra da Carolina, da Elizabeth, da Carla, da Vanessa, do Mário, mas nunca deu certo, meu caderno, a cada linha tinha uma letra diferente, agora eu já aceitei a minha letra feiosa mesmo. Nessa mesma época eu inventei na minha cabeça que eu não poderia mais demonstrar, com caretas, determinadas emoções, por exemplo, eu não poderia chorar, nem dar língua, nem fazer cara de espantada, nada que pudesse de alguma forma deformar a minha aparência, então eu só sorria, ou ficava séria, isso é muito triste, imagina você ter vergonha de se assustar ou de sentir dor só por causa da cara distorção da fisionomia, e pra piorar, muito do meu jeito foi modificado por causa dos outros, eu sempre fui uma pessoa sem medos, sem vergonha, eu abraçava todo mundo que eu gostasse, beijava, sentava no colo, mas deixo claro que nenhuma dessas coisas eram com segundas intenções ou com maldade, era só a minha forma de demonstração de afeto, de carinho mesmo, até que um dia meu pai veio brigar comigo que eu estava abraçando os outros, que isso “era feio” que eu devia parar e que parecia uma vagabunda. Achei ridículo ele falar isso até porque eu era daquele jeito, pois é, mais uma vez tive que mudar, agora no meu comportamento, parei de uma vez por todas de abraçar seja lá quem fosse, não dava mais nem beijo de cumprimento, nem ria alto, nem falava alto, passei a usar roupas largas e grandes, nem era mais eu. Passei a ter raiva das pessoas que faziam isso. Depois percebi que eu estava sendo outra pessoa, um ser moldado pelos outros pra querer usar o que eles querem que eu use, pra falar o que eles querem ouvir, pra fazer o que eles acham que deve ser feito, desisti. Troquei as roupas escuras, passei a usar roupas coloridas, mas muito coloridas mesmo, apesar de não usar muitas roupas estampadas, usava verde com amarelo, rosa choque, vermelho, tudo junto, anel era meu forte, tinha quase um em cada dedo, cortei meu cabelo que estava quase na cintura, na altura da orelha. Uma outra vez foi a que meus amigos começaram a se afastar de mim e da minha irmã, e não entendíamos porque, e chegou um deles e falou que a gente tinha que parar de falar da nossa vida como fatos de coisas ruins, verdade, passei por um momento em que eu só falava de tragédia, só coisas ruins, mas era inconsciente, não percebia isso, se você me falasse que tava com a garganta doendo, era como se eu achasse que a minha doía muito mais, se você está sem dinheiro, eu estou muito mais, se você está sofrendo, eu estou muito mais, então ele falou “cara, pára de falar coisa ruim, a gente fala com você , e você nunca tem nada de bom pra falar, a gente se sente mal do lado de pessoas assim” então eu mudei isso também.
E acredito que já faz um bom tempo que não mudo meu jeito de ser por causa dos outros, quem quiser que me ature do jeito que sou, se não quiser, tchau e benção.