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sábado, 5 de dezembro de 2009

os prazeres da vida


Não há nada melhor que sentir o vento na cara. É sentir a natureza a sua volta.
Um abraço sincero, um pote de sorvete, comer uma barra de chocolate vendo filme, edredon no inverno, beijo com vontade, daquele que o corpo inteiro beija junto e se envolve, ouvir música no maior volume e cantarolar mesmo sem saber a letra e dançar, dançar à frente do espelho se achando uma pop star, ver o mar, sentir a chuva, cheiro de chuva, rir sem saber o motivo, simplesmente por ter visto alguém sorrindo e sexo, com ou sem amor, mas que seja um bom sexo.
Estar cercada dos amigos, rindo, gargalhando, falando besteiras, contando histórias que ninguém imaginava que pudesse acontecer, acreditar nas mentiras só pra agradar, e depois rir de si mesmo, quando percebe que só você acreditou que o raio vem do chão.
Implicar com seu amigo que fuma o tempo todo, fazer cócegas, não deixar ninguém dormir.
Acreditar que esses momentos são infinitos e ao mesmo tempo eternos.
Não há nada melhor que viver e se entregar a cada momento.
“O barato da vida é viver”.

depressão


Desisto de ser engraçada
Desisto de ser magra ou bonita
Desisto de ser sincera
Desisto de tentar um compromisso sério
Desisto de querer casar
Desisto de querer filhos
Desisto de homens, principalmente os mais jovens
Desisto de amar
Desisto de me amar
Desisto de sorrir
Não consigo calar meu pranto
Na última semana só me caibo em lágrimas
Ouço qualquer música e caio no choro
Penso qualquer coisa e caio no choro
Lembro, e caio no choro
Pra quê pensar no futuro?
Pra quê querer e não poder ter?
Então a partir de agora não quero mais
Não me quero mais
Não te quero mais
Não quero mais nada nem ninguém
Vou levar a vida esperando que o fim chegue logo
Ansiosa para que os dias passem mais rápido
Que as noites sejam mais longas
Vou dormir cedo e acordar tarde
Esperando que chegue logo
Desisto de viver intensamente
Desisto de histórias incríveis
Desisto de momentos radicais
Desisto de viajar
Desisto de ter amigos novos, os que já tenho já são o bastante
Desisto, desisto, desisto
Chega, cansei.

sábado, 18 de julho de 2009

Cada um no seu espaço


Esse é um tema um tanto quanto complexo, pois existem várias formas de invasão de “espaço”. Este nem sempre um espaço físico visível ou demarcado propriamente dito, podendo ser apenas o espaço do limite da paciência e do respeito. Quero deixar bem claro que o que eu vou contar agora não significa nenhum tipo de preconceito contra os mais idosos, mas que acontece.
Estava eu indo trabalhar de manhã, deixo bem claro que sempre pegava o mesmo ônibus e os passageiros na maioria das vezes eram os mesmos também, e que aproveitávamos a longa viagem para dormir até chegar o destino desejado. Pois bem, neste dia um senhor aparentando seus mais de 67 anos entrou com seu direito de gratuidade pela porta dianteira do ônibus, não sentou em nenhum dos acentos reservados para os idosos, gestantes e deficientes que estavam todos vazios, pelo contrário, sentou num banco onde ficou praticamente escondido, e assim que o veículo começou a andar, sacou de sua bolsa uma flautinha e começou a tocar musiquinhas infantis, sendo que o transporte contava com o som ambiente e uma placa de “proibido aparelhos de som” em seu interior. Após uns quinze minutos, ninguém mais suportava e o repertório já se repetia, levantei do meu acento e tive que delicadamente pedir que o senhorzinho parasse de tocar aquela flauta, uma vez que “estava atrapalhando o silêncio da viagem”, ele se assustou mas guardou o instrumento em sua bolsa. Um monte de gente ficou aliviada, quando de repente uma senhora vem até mim e começa a gritar dizendo que eu não tinha o direito de pedir que ele parasse com aquela música. Como assim? Tá tudo invertido então. Claro que eu tinha o direito, ele estava invadindo o meu espaço, estava uma placa de proibido aparelhos de som bem visível e eu que estava errada? Ela que se quisesse ouvir mais, pedisse o telefone de contato e o contratasse para um show particular. Falta de educação foi ele achar que todo mundo ali era obrigado a ficar aturando aquelas músicas dentro de um ônibus. Eu juro que não me incomodaria se este senhor estivesse numa praça pública fazendo a demonstração de sua cultura musical, porque eu pararia para escutar se desse vontade. Imagina se cada usuário ligasse um rádio ou uma música diferente em alto volume em locais públicos e fechados como o ônibus, iríamos enlouquecer.
Outra forma de invasão de espaço é a pura e simples falta de educação que está muito próxima a falta de respeito. Qual a dificuldade de entender que não se deve jogar lixo no chão? Ou que não se deve gritar apenas porque tem vontade? Eu fico estressada quando vejo alguém jogando lixo na rua, ou pela janela. Gente, custa guardar o papelzinho da bala na bolsa até chegar em casa, ou olhar pra frente e enxergar uma lixeira que está do seu lado? Não, é mais fácil jogar o papel no chão e depois ver em todos os jornais as catástrofes que acontecem com enchentes por causa da chuva. E pra piorar ainda tem um monte de gente ignorante que joga o lixo e fala: “estou jogando no chão pra dar emprego aos garis, se não tivesse lixo aqui, eles estariam desempregados”, coitados. Ah! Me poupe dessa burrice. Acho que é vergonha de assumir a sua porcaria.
Outro problema de jogar lixo pela janela do ônibus, ou do carro, é que pode causar um acidente infinitamente problemático, uma vez eu estava panfletando quando um motoqueiro desceu da moto e começou a gritar com o motorista da van que estava atrás, adivinha o que aconteceu? Um passageiro arremessou uma lata pela janela que por pouco não bateu no motoqueiro. As pessoas têm que aprender mais, e isso deve ser através da família e dos ensinamentos nas escolas também.
Deveria existir uma punição pra esse tipo de gente, que além de constranger, afetasse o bolso, porque o brasileiro tem esse problema: só faz a coisa certa quando tem que pagar se não for feita nos conformes.

sábado, 27 de junho de 2009

Pêlos pra quê?


Andei conversando com algumas amigas e realmente percebi que existe gosto pra tudo.
O assunto “pêlos” veio à tona e uma veio me dizer que se sente atraída por homens grande, fortes, largos e peludos. Peraí. Grandes, fortes e largos eu até entendo, mas peludos? Não. De jeito nenhum. Quando ela foi dando as características me veio logo a mente um mendigo que fica ali perto da rodoviária de Niterói, ela iria se apaixonar por ele! Um verdadeiro homem das cavernas.
O ser humano é tão evoluído que com o passar dos tempos fomos nos aprimorando e nos adaptando, e com isso veio a perda dos insuportáveis pêlos, ainda bem. Mas não entendo pra quê, qual a serventia, pra termos esses terríveis inimigos em determinadas partes do corpo. Vamos lá. Alguém sabe me dizer pra quê temos os pêlos nos dedos dos pés, no sovaco, sobrancelha, o próprio cabelo, na virilha, no ouvido tem homens que adquirem com o tempo, barba, bigode? Pois é, não servem pra nada.
A sobrancelha e o cabelo da cabeça são puramente estéticos, não servem pra nada. Os outros citados acima, ao meu ver só servem pra que as empresas fabricantes de lâminas de barbear enriqueçam e a gente a cada semana empobreça em aproximadamente R$ 6,00 na compra de duas giletes descartáveis.
Além dessas empresas, outras que a cada dia estão aumentando sua clientela são as clínicas de estética e depilação. Você chega lá, a mulher pergunta o que você vai depilar e começam os termos mais bizarros: “eu quero depilar a linha do biquíni com faixa e cavado”. Alguém sabe o que é isso? É nada mais, nada menos, que depilar a região pubiana toda e a traseira também, pior de tudo é quando cismamos de seguir a moda e ficamos na dúvida do novo penteado a fazer, sem contar o constrangimento de ficar numa salinha com uma mulher colocando a mão em lugares que você há cinco anos nunca imaginaria, e em posições que nem seu namorado pede pra você ficar. Mas, é necessária a eliminação desses pêlos que além de feios atraem o suor, o mal cheiro, e tem gente que pra completar adquire o cecê na virilha, pra não dizer que é em outro lugar.
Hoje usamos roupas e principalmente as peças íntimas justamente para fazer o papel dos pêlos. Neste momento me lembrei de uma coisa: a barba é o único interessante, serve ao menos para arranhar as nossas costas, mas também só pra isso.
Então vamos todos nos depilar!! E viva a Regina, minha depiladora!!!

quarta-feira, 11 de março de 2009

as surpresas que a vida faz


Sempre dizem que um dia a gente encontra a nossa cara-metade, ou a metade da laranja ou o chinelo velho pro pé descalço, e já até ouvi dizer que existe um prazo determinado pelo destino (não que eu acredite, mas também não desacredito) para que isso ocorra, ou seja, até o término da faculdade ou até os vinte e cinco anos.
Fiquei desesperada quando tive essa notícia, o que me fez ter certeza que o meu amor estava atrasado, ou que eu teria deixado passar despercebido. Teria sido alguém da escola? Ou um ex-namorado que dispensei? Ou alguém muito feio que nem olhei? Ou, será mesmo que eu teria conhecido esta pessoa tão especial? Êta desespero beirando os 30...
É verdade. As mulheres entram em parafusos quando se percebem com vinte e tantos anos e nada de namorado, marido, filhos, “peguetes” e nem nada daquelas paparicações que recebíamos quando éramos mais novas, ou seja, até uns poucos anos atrás.
De repente você se vê sozinha, com o telefone que nem toca, a não ser aquela mulher chata do telemarketing pra te lembrar que você estourou o seu cartão de crédito e nem lembrou de pagar. “Ainda não consta no nosso sistema o pagamento da fatura vencida há 25 dias”. Então começamos a correr atrás de algum amor inventado, tentando e rezando que dê certo, de aquela tampa servir pra sua panela. Quando você menos espera, percebe que não deu certo, insiste mais um pouco, lembrando que o tempo está passando cada vez mais rápido, e cai a ficha. Tenta outro, e outro, e outro, e nada. Então desiste dessa história de amor eterno, de viver um amor até que fique velhinha cheia de netos correndo pela casa, imaginando como seriam as próximas festas de natal e dia das mães, e aí você vai comemorar o reveillon apenas com sua única irmã e do nada aparece aquele carinha com uma cantada barata do tipo “você tem colírio?”, te conquista e pronto, se conhecem e o bom humor volta a aparecer explicitamente na própria fisionomia; e passa a achar um saco acordar sem aquele abraço quentinho de manhã.
E então voltam os sonhos da casa cheia de crianças e festas infantis e presentes, e natal. E agora o telefone toca, nem sempre é aquela mulher do telemarketing.

quem planta, colhe.


Na escola aprendemos que toda ação gera uma reação, ouvi muito isso do professor Marcos, que dava aulas de física. Mas isso não é apenas na física ou na química que acontece. Foi um aprendizado pra ser utilizado a vida toda.
Não é normal acontecer de uma pessoa tratar as outras com desprezo ou com ignorância e receber flores em troca, então trate a todos como gostaria de ser tratado.
Ainda existem e sempre vão existir pessoas que acreditam que respeito e medo são a mesma coisa ou que caminham de mãos dadas, grande engano. Uma pessoa que vive sob ameaças não respeita, e quem está ameaçando também não, apenas tem medo, uma vez que não tem como reverter as ameaças a seu favor.
Enquanto escrevia este parágrafo anterior percebi que o medo é o que faz com que pessoas sejam conflituosas em seus ambientes de convívio, seja ele familiar, de trabalho, ou social. Uma pessoa que age assim, nada mais recebe em troca além de distanciamento, e depois de um tempo, de desprezo dos que convivem ao seu redor.
Um dia destes eu li numa camiseta que estava a venda num camelô qualquer: “gentileza gera gentileza”, quem deras que além da camiseta fosse possível vender essa ou qualquer outra forma educada de tratamento pessoal.
Uma coisa que tenho ouvido quase que diariamente nos telejornais, - podem perceber que sempre cito esta forma de comunicação, é mais pela falta de tempo e de paciência mesmo – é que “meu irmão foi tratado como bicho ou como um cachorro”, desde quando os bichos são mal tratados ou morrem nas filas dos hospitais por falta de atendimento? Hoje é mais fácil ver esses animaizinhos sendo muito melhores tratados do que nós, meros seres humanos.
Portanto façamos o seguinte: sejamos cordiais e educados, simpáticos, atenciosos, tolerantes, pacientes e agradáveis com todos, sejam bichos ou pessoas.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

coisas de criança


No mês passado eu estava conversando com umas amigas, quer dizer, umas conhecidas, e veio o assunto: “o que você fazia quando era criança?” veio na mesma hora na minha memória uma coisa muito feia e que me arrependi de ter feito, e olha que eu quase nunca me arrependo de fazer seja lá que coisa for, prefiro correr riscos, mas essa é outra história.
Que criança (nascida na década de 80) nunca brincou de pular elástico, de pique bandeirinha ou queimado? Que problemas existem nessas brincadeiras? Nenhum. Afinal serve pra que cada uma delas aprenda a desenvolver coordenação motora, ou saber lidar com outras crianças, além de ajudar às mães, já que essas pequenas criaturas chegam cansadas em casa e dormem feito anjinhos, o sonho de toda mãe. Mas, esse não é o assunto que eu quero falar. Essas não eram minhas brincadeiras preferidas, eu adorava chegar do colégio e ir pra casa da minha Vovó Guta pegar o telefone e passar trote, pois é, ninguém me impedia de fazê-lo, passava a tarde toda ligando pra casa dos outros e fazendo perguntas absurdas, ou ligando pro açougue e perguntando: “ você tem pé de porco? E língua de boi? E asa de galinha? Hummm você deve ser lindo!” até aí não vejo muito problema, mas teve um episódio que me deixou muito chateada comigo mesma. Uma vez peguei a lista telefônica e escolhi um número de telefone, era o nome de um homem, só que eu sempre tive a voz bem infantil, e não sei como esse trote conseguiu se desenvolver, pedi pra falar com um Jorge qualquer, a esposa atendeu, e eu inventei que estava tendo um filho do tal cara, e ela sem nem pensar começou a gritar com ele, e eu do outro lado da linha ouvia o casal discutindo e brigando feio, com certeza aquele casamento acabou por minha causa, eu não tinha essa intenção, e o pior foi que desliguei o telefone, que na época não tinha a tecla “redial”, era daqueles telefones de disco. E agora? Como vou ligar de novo e dizer que é mentira? Pois é, não sei o que aconteceu a partir dali, jurei a mim mesma nunca mais passar trote. Êta arrependimento! Espero que o cara tenha conseguido provar pra esposa que ela era a mulher da vida dele e que aquilo não passava de um trote, e que ela tenha ouvido ele e tenha dado mais uma chance. Se você que está lendo isso agora achar que foi você que atendeu ao telefone, por favor, me desculpe mesmo, eu era uma criança ingênua, não pensei nas conseqüências que poderiam resultar daquela brincadeira boba.